quinta-feira, 17 de março de 2011

O Exorcismo de Emilly Rose - Baseado em fatos reais

O filme baseado em uma história real, aconteceu na Alemanha - 1968.
Conheça a verdadeira história de Anneliese Michel (conhecida no filme por Emilly Rose), falecida aos 24 anos no processo de exorcismo.

Nascida em 21/09/1952 em Klingenberg Bavaria, Alemanha - Falecida em 01/06/1976
Causa da morte: desidratação e desnutrição.


Aos 17 anos, ainda no colegial, Anneliese começou a sofrer convulsões. Foi diagnosticado que ela sofria então com Epilepsia. Logo, começou a ter alucinações demoníacas enquanto orava e a ouvir vozes, que dizia serem amaldiçoadas. Foi determinado então que Anneliese sofria de depressão e pensava em suicídio. Em 1975, convencidos de que ela estava possuída, seus pais desistiram do tratamento na clínica psiquiátrica  e escolheram depender exclusivamente dos exorcismos para curá-la. Os sintomas de Anneliese já foram comparados com os da esquizofrenia, e poderiam ter respondido ao devido tratamento.

 O primeiro diagnóstico não-oficial foi feita por uma mulher que percebeu Anneliese ter evitado o olhar ao passar por uma imagem de Jesus, e que ela se recusou a beber água de uma nascente sagrada. A mulher afirmou que Anneliese cheirava ‘infernalmente ruim’. Um exorcista de uma cidade vizinha examinou-a e concluiu que ela estava posuída por demônios, então depois de dois pedidos negados, o rito do exorcismo foi finalmente concedido. A base para este ritual foi o "Rituale Romanum", válido desde o século 17.
 Anneliese estava convencida de que tinha sido possuída por vários demônios, incluindo Lúcifer, Judas Iscariotes, Nero, Caim, Hitler e Fleischmann, um curandeiro do século 16. Mencionou também outras almas atormentadas que se manifestavam através dela. Segundo o The Washington Post, como ela se ‘convenceu’ estar possuída, começou a ver os rostos de demônios sobre as pessoas e as coisas ao seu redor. 

A mãe de Anneliese não apoiou a realização de O Exorcismo de Emily Rose. "Eu não quero ver o filme e eu não sei nada sobre isso", disse a Sra. Michel, na altura dos oitenta anos. Josef, o pai de Anneliese morreu seis anos antes do lançamento do filme.
Os pais e os exorcistas foram considerados culpados de negligencia. No filme, apenas um dos personagens
O (o padre)  foi considerado culpado de homicídio por negligência. No caso da vida real, os considerados culpados de homicídio culposo foram condenado a seis meses de prisão, com três anos de condicional.
Descobre-se uma semelhança notável com o rosnar, latir, e voz desumana da Linda Blair de filme de Friedkin. Isso fez com que algumas pessoas concluíssem que Anneliese estava simplesmente imitando o que tinha visto no filme, SE tivesse, de fato, visto o filme. No seu lançamento na Alemanha, o filme criou uma espécie de histeria paranormal que varreu a nação. Psiquiatras Europeus, registraram um aumento de idéias obsessivas em seus pacientes. O filme no entanto, não fornece uma explicação para os anos anteriores a 1974, no qual ela estava passando por inúmeras outras aflições que ela e as pessoas próximas a ela atribuíram a uma possessão demoníaca.
Anneliese realizou uma série de ações altamente perturbadoras. Ela lambeu sua própria urina do chão. Ela comeu moscas, aranhas e carvão. Ela mordeu a cabeça de um pássaro morto. Ela também rastejou debaixo de uma mesa e latiu como um cão por dois dias. Pode-se por muitas vezes ouvi-la gritar através das paredes durante horas. Rasgar roupas e urinar no chão tornou-se uma ocorrência regular.
Perto da Páscoa do ano que morreu, Anneliese começou a recusar comida e bebida porque acreditava que isso iria livrá-la da influência de Satanás. Na época de sua morte pesava apenas 34 kilos.
Suas convulsões retornaram com maior ferocidade. Nenhum médico foi chamado nesse período. Durante o julgamento, os especialistas afirmaram que se os quatro acusados (Padre Arnold Renz, o pastor Ernst Alt, e os pais) tivessem solicitado um médico para cuidar dela uma semana antes do falecimento dela, teria isso evitado sua morte. Uma das irmãs explicou ao tribunal durante o julgamento que Anneliese não queria ir para um hospital psiquiátrico onde ela seria drogada e forçada a comer.  
 
Em seu livro, "O Exorcismo de Anneliese Michel" Felicitas D. Goodman abraça a possibilidade de que Anneliese não era epiléptica, e que a medicação, que os médicos haviam dado a ela para controlar suas crises só fez piorar suas alucinações. O exorcismo também teve um efeito significativo sobre seu corpo, Anneliese sofreu 67 ritos de exorcismo em um período de 10 meses. Ao longo do tempo, os ligamentos dos joelhos sangravam pelas 600 flexões que fazia obsessivamente durante cada sessão de exorcismo. A genuflexão é um ato de reverência que consiste de cair em um ou ambos os joelhos (o chamado "genuflexão dupla"). Em 30 de junho de 1976, durante seu último ritual do exorcismo antes de sua morte, muito fraca e magra para fazer as flexões por conta própria, os pais de Anneliese permaneceram durante o processo e a ajudaram a fazer os movimentos.
 
Antes de morrer, aos exorcistas ela implorou pela absolvição e para sua mãe Anna, ela disse: "Mãe, estou com medo."  Anneliese foi enterrada ao lado de sua irmã ilegítima, Marta, nas bordas exteriores do cemitério, área reservada para crianças ilegítimas e suicídas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário